segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Poesia

Quantos amores já tive
Quantas dores já senti
Quantas vezes tive que ir
Sentir a dor do abandono
Desde a infância
Apenas eu, abandonado
Ao que o dinheiro podia dar-me
As noites em minha cama
Fugindo dos fantasmas
Fugindo dos pesadelos
Sem um carinho sem um afago
Sem o abraço protetor
Quantas coisas tive
Quantas outras deixei de ter
Procurei em tudo
Encontrei no nada
No distante
Nas sombras da minha solidão
Meu refugio, meu lugar
Minha barreira
Mas, encontrei no carinho
Na falta da riqueza
O calor que me faltou durante a infância
Mesmo me escondendo nas minhas sombras
Nos meus desamores, nas minhas dores
A saída para a solidão
E mesmo que ela insista em retornar
Não estarei mais só.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Seara Vermelha


Leitura imperdível, um dos melhores romances que já li!O livro retrata a saga de uma família de nordestinos em busca do eldorado chamado São Paulo, as promessas de vida digna, com terra e trabalho para todos faz com que após de serem expulsos de uma fazenda onde trabalham semi escravizados tendo que plantar, colher e dar o seu trabalho de graça ao senhor da casa grande e ainda assim morrer de fome, na miséria, perder as esperanças e se conformar diante de uma vida indigna...
Não continuarei, porque não quero retirar o prazer e a comoção dessa belissima obra. Espero que aqueles que apreciam uma boa leitura, o leiam.

Só para terminar uma das frases que mais gostei do livro.

“Os brotos de dor e de revolta cresciam naquela Seara vermelha de sangue e fome, e era chegado o tempo da colheita.”